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Hoje é um dia triste pela partida da irmã Helena Serra, a Provedora Emérita da Misericórdia de Albufeira que nos deixa um grande legado e uma grande responsabilidade, a de honrar os seus princípios e determinação. Uma mulher invulgar, determinada, quem sempre viveu praticando a caridade, uma mulher cristã, de grande fé que nos deixa hoje, dia 29 de março de 2024, sexta-feira Santa, um dia de grande significado.

A nossa sentida e respeitosa homenagem à irmã Helena Serra, desejando que Deus a acolha e que descanse em paz no esplendor da luz perpétua.

Endereçamos os sentidos pêsames a toda a família enlutada, desejando que Deus os fortaleça.

Nota biográfica

Helena Serra, com 93 anos, mãe de sete filhos, tem seis netos e duas bisnetas, nasceu em Bela Vista, Angola, de onde veio aos seis anos, tendo feito a sua formação académica em Coimbra. Viveu com o marido, médico, em Albufeira durante mais de seis décadas.

Foi vereadora da Câmara Municipal de Albufeira. Foi fundadora e presidente do núcleo da Cruz Vermelha de Albufeira, a partir do qual deu todo o apoio à integração dos portugueses regressados das ex-colónias, que chegaram às centenas ao concelho.

Terá sido a primeira mulher a ser eleita provedora no século XX, encarando como missão o trabalho que realizou durante mais de três décadas à frente da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, sempre com o olhar dirigido para a assistência aos mais desfavorecidos da sociedade.

Durante o tempo que exerceu a sua atividade à frente dos destinos da Misericórdia de Albufeira, destacam-se as 22 valências que foram criadas, nomeadamente: lar de idosos, creche com horários alargados, apoio a toxicodependência, a deficientes leves e profundos, a doentes com Sida, na altura em que esta se tornou um flagelo, a doentes abandonados, a mulheres vítimas de violência doméstica com um lar de acolhimento criado para o efeito e onde permaneciam com filhos menores, os ‘Pirilampos’, nome dado por Miguel Torga, amigo pessoal, a uma casa para crianças abandonadas, com terreno envolvente, um pequeno parque de diversão e espaços para adolescentes, onde permaneciam e frequentavam as escolas públicas, serviço domiciliário e tantos outros problemas que passavam por um trabalho na procura de apoio económico junto das mais diversas entidades oficiais e donativos de particulares.

Conseguiu, assim, dirigir uma instituição com mais de 200 trabalhadores, entre eles técnicos qualificados para as funções a exercer, dando a Misericórdia de Albufeira trabalho a muitos desempregados nacionais e estrangeiros, que, por este motivo, eram também parte de um objetivo de integração de pessoas mais carenciadas.

Foi agraciada, designadamente com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República Jorge Sampaio, pelo primeiro-ministro António Guterres e pela Câmara Municipal de Albufeira com a medalha de Honra da Cidade, grau ouro. Foi reconhecida, em 2012, como Provedora Emérita da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira.

Deixamos uma citação, com a Mensagem de Helena Serra para todos os Provedores, retirada da publicação Misericórdias no feminino:

“Que sejam fiéis aos princípios que levaram desde o início à criação destas instituições, olhando sempre numa perspectiva de solucionar os problemas, com garra e tenacidade, essencialmente os problemas humanos com que se irão confrontar durante todo o tempo, enquanto estiverem à frente de uma Misericórdia.”

Deixamos a nota biográfica como sentida homenagem.

Helena Serra, com 93 anos, mãe de sete filhos, tem seis netos e duas bisnetas, nasceu em Bela Vista, Angola, de onde veio aos seis anos, tendo feito a sua formação académica em Coimbra. Viveu com o marido, médico, em Albufeira durante mais de seis décadas.

Foi vereadora da Câmara Municipal de Albufeira. Foi fundadora e presidente do núcleo da Cruz Vermelha de Albufeira, a partir do qual deu todo o apoio à integração dos portugueses regressados das ex-colónias, que chegaram às centenas ao concelho.

Terá sido a primeira mulher a ser eleita provedora no século XX, encarando como missão o trabalho que realizou durante mais de três décadas à frente da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, sempre com o olhar dirigido para a assistência aos mais desfavorecidos da sociedade.

Durante o tempo que exerceu a sua atividade à frente dos destinos da Misericórdia de Albufeira, destacam-se as 22 valências que foram criadas, nomeadamente: lar de idosos, creche com horários alargados, apoio a toxicodependência, a deficientes leves e profundos, a doentes com Sida, na altura em que esta se tornou um flagelo, a doentes abandonados, a mulheres vítimas de violência doméstica com um lar de acolhimento criado para o efeito e onde permaneciam com filhos menores, os ‘Pirilampos’, nome dado por Miguel Torga, amigo pessoal, a uma casa para crianças abandonadas, com terreno envolvente, um pequeno parque de diversão e espaços para adolescentes, onde permaneciam e frequentavam as escolas públicas, serviço domiciliário e tantos outros problemas que passavam por um trabalho na procura de apoio económico junto das mais diversas entidades oficiais e donativos de particulares.

Conseguiu, assim, dirigir uma instituição com mais de 200 trabalhadores, entre eles técnicos qualificados para as funções a exercer, dando a Misericórdia de Albufeira trabalho a muitos desempregados nacionais e estrangeiros, que, por este motivo, eram também parte de um objetivo de integração de pessoas mais carenciadas.

Foi agraciada, designadamente com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República Jorge Sampaio, pelo primeiro-ministro António Guterres e pela Câmara Municipal de Albufeira com a medalha de Honra da Cidade, grau ouro. Foi reconhecida, em 2012, como Provedora Emérita da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira.

Deixamos uma citação, com a Mensagem de Helena Serra para todos os Provedores, retirada da publicação Misericórdias no feminino:

“Que sejam fiéis aos princípios que levaram desde o início à criação destas instituições, olhando sempre numa perspectiva de solucionar os problemas, com garra e tenacidade, essencialmente os problemas humanos com que se irão confrontar durante todo o tempo, enquanto estiverem à frente de uma Misericórdia.”

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